Clikando – Taquaritinga fica para trás em relação às cidades vizinhas

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Dados do Censo 2022 revelam queda na taxa de crescimento populacional e indicam desafios para o desenvolvimento do município.

Os números divulgados pelo IBGE no Censo 2022 confirmam uma tendência preocupante: Taquaritinga está ficando para trás em relação às cidades vizinhas no que diz respeito ao crescimento populacional e desenvolvimento econômico.

Enquanto municípios da comarca, como Santa Ernestina, Fernando Prestes e Cândido Rodrigues, apresentaram taxas de crescimento populacional significativas, Taquaritinga registrou uma queda de -3,2% na taxa de crescimento. Os números são alarmantes e merecem uma análise mais aprofundada.

Santa Ernestina, por exemplo, obteve um crescimento populacional de 9,88% em relação ao último censo, passando de 5.568 habitantes em 2010 para 6.118 em 2022. Fernando Prestes também apresentou um crescimento considerável, com uma taxa de 7,37%. Já Cândido Rodrigues registrou um aumento de 8,28% em sua população no mesmo período.

A situação se torna ainda mais preocupante ao compararmos Taquaritinga com outras cidades da região. Matão, por exemplo, teve um crescimento populacional de 2,93%, com quase três mil moradores a mais em relação a 2010. Monte Alto registrou uma taxa de crescimento de 2%, enquanto Jaboticabal apresentou um aumento de 0,22% em sua população.

O destaque, no entanto, vai para Araraquara, que obteve um expressivo crescimento de 16,09% na taxa de crescimento populacional. Os números indicam um cenário de desenvolvimento e progresso, contrastando com a estagnação vivenciada por Taquaritinga.

Essa realidade nos mostra que o município está perdendo espaço e deixando de ser referência para as cidades vizinhas. O que antes dependiam de nós, agora se mostram como locais desenvolvidos e prósperos. É fundamental que as autoridades locais tomem medidas urgentes para reverter esse quadro e impulsionar o crescimento de Taquaritinga.

Investimentos em infraestrutura, políticas de desenvolvimento econômico, atração de empresas e geração de empregos são algumas das ações necessárias para impulsionar o município. Além disso, é essencial promover a capacitação da mão de obra local, estimular o empreendedorismo e criar um ambiente favorável aos negócios.

A queda na taxa de crescimento populacional é um reflexo das oportunidades perdidas e dos desafios não enfrentados. É preciso olhar para o futuro e buscar soluções inovadoras e sustentáveis para impulsionar o desenvolvimento de Taquaritinga, sem ideias mirabolantes e megalomaníacas que no final das contas não levam a lugar algum.

A situação atual exige uma postura proativa das autoridades e a participação da sociedade como um todo. Somente com a união de esforços e uma visão de longo prazo será possível reverter essa tendência e colocar Taquaritinga novamente no caminho do crescimento e da prosperidade.

O município tem potencial, recursos naturais poucos explorados e uma população talentosa. Agora é o momento de aproveitar esses elementos e traçar um novo rumo para o futuro de Taquaritinga. A cidade não pode mais se contentar em ficar para trás, é preciso buscar o progresso e a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes.

*Gabriel Bagliotti é jornalista responsável e diretor presidente de O Defensor.

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